12 de setembro de 2011

Caipirinha


No dia da Cachaça não pode faltar o coquetel mais popular do mundo da última década a caipirinha. A história da caipirinha está totalmente atrelada a história do destilado que é febre no mundo, principalmente EUA, e na história do Brasil.
Como todos sabem a cachaça surgiu com os escravos da Capitania de São Vicente, onde ficava o engenho da corte real, algumas fontes dizem que foi por um acaso que a cachaça foi descoberta, através do calor para fazer rapadura o que pingava do teto era alcoólico, daí o nome pinga, um dos mais de mil sinônimos da cachaça.
A cachaça viveu desde seu início vários momentos de altos e baixos, primeiro como bebida de escravos, mas participou da inconfidência mineira, da semana da arte moderna de 22, foi sinônimo de bebida de pobre e hoje vive um momento de redescoberta por brasileiros e de descoberta por ouros povos, a Alemanha, por exemplo, é um dos maiores importadores do nosso aguardente.
A caipirinha surgiu em alguma cidade do interior de São Paulo, a mistura de aguardente de cana, limão e açúcar já era grande conhecida por todos da Capitania de São Vicente como excelente remédio contra a gripe, e com os avanços tecnológicos adicionaram gelo a essa mistura e pouco a pouco foi difundida por todo o Brasil e ganhar o mundo.. Uma versão interessante para o surgimento da caipirinha foi a que consta no livro O Xangô de Baker Street”, escrito por Jô Soares, que o Dr. Watson, amigo de Sherlock Holmes, criou a caipirinha para evitar que o Sherlock sentisse algum mal estar se provasse a cachaça com limão. Vale a pena assistir o filme homônimo.
Para quem não sabe a caipirinha e a cachaça seguem algumas regras para serem fabricadas, por exemplo, a Caipirinha deve ser feita de Cachaça, limão e açúcar,com graduação alcoólica entre 15 e 36 graus e temperatura de 20ºC e podendo adicionar água para que a graduação alcoólica fique dentro do estipulado. Uma curiosidade sobre o modo de preparo da Caipirinha é que não existe corte específico do limão, porém a maioria dos bartenders dizem que é necessário a retirada do miolo para não amargar o coquetel. Entretanto, o que poucos sabem é que o miolo é retirado na maioria das vezes para facilitar a extração do sumo do limão, já realizei testes e o miolo não interfere no sabor. E o óleo que sai da casca do limão é parte do sabor da Caipirinha.
Um fato importante para a fama mundial da Caipirinha aconteceu em 1993, quando o então presidente da Associação Brasileira de Bartenders (ABB) e Vice-Presidente da Associação Internacional de Bartenders (IBA), Derivan de Souza, defendeu o coquetel legitimamente brasileiro a fazer parte da lista dos Coquetéis Populares IBA.
A Caipirinha tem diversas versões, mudando a fruta trocando o limão por morango, abacaxi, kiwi, lichia, caju ou misturar todas as frutas, ou o destilado, quando há a mudança do destilado ela ganha outros nomes, por exemplo, se for usado Vodka, é Caipiroska e se for Rum, chama-se Caipiríssima. Mas o mais importante é ter em mente que Caipirinha é coquetel sim e um dos mais apreciados no Brasil e no mundo. Aos bartenders, tenham orgulho, paixão e dedicação ao preparar uma caipirinha, assim como tem ao preparar qualquer outro coquetel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário